domingo, 25 de agosto de 2013

Primeiras impressões dos brasileiros sobre Hail to the King



O streaming foi liberado um dia antes do previsto no iTunes. Um passaporte para se escutar o álbum Hail to the King na íntegra e de graça.  Alguns fãs que ouviram o álbum falaram para o Deathbat Brasil sobre as músicas que compõem o disco. “Shepherd Of Fire”, “Requiem”, ”Coming Home”, “Planets” e “This Means War” foram um das que mais se destacaram. Vimos pouquíssimos comentários que desaprovaram o álbum, na maioria, a avaliação foi positiva. As comparações do atual disco com os anteriores trabalhos da banda é que é o mais pesado de todos, com uma pegada Old School, como foi varias vezes afirmado por integrantes da banda em entrevistas.
Um fã da banda nos enviou uma resenha completa sobre Hail to the King. O texto a seguir não representa a opinião da equipe do site. O texto é de responsabilidade de João Vitor Abreu. Confira:
O Hail To The King, para mim, parece que foi o álbum mais bem produzido da banda, em relação à gravação e às composições. Está com uma pegada sensacional. Ao ouvir, sentimos que tem realmente uma pegada pesada, mais pesada que as músicas do Nightmare, e os riffs não estão tão velozes como em City of Evil, por exemplo. Na minha opinião, era uma das características da banda ter guitarras e bateria rápidas e bem unidas, não que os instrumentos estejam mal feitos em Hail to The King, muito pelo contrário, achei os riffs muito bem feitos, porém mal distribuídos. Senti a falta de um vocal poderoso e quente como em Nightmare. É visível que o estilo da banda mudou, comparando com os álbuns anteriores, até os solos do Synyster Gates estão diferentes, não piores, mas diferentes.
Sinceramente, senti que o Matt Shadows estava “falando” em vez de cantar, em algumas músicas. A maioria delas têm o mesmo formato de canto, começando com Shadows “falando” (ou cantando baixo e grave, se preferirem) e no refrão ele aumenta o tom de voz, as vezes dando uns gritos. Nós sabemos que o vocalista praticamente tem um jeito diferente de cantar em cada álbum. Teve sua fase screamo/melódico, depois com poucos gritos, acompanhando a melodia da música, mas em Nightmare, ele deixa a melodia um pouco de lado pra seguir o “feeling” das músicas (e particularmente, acho Nightmare o melhor álbum da banda justamente por conta do vocal). Em Hail To The King, como disse acima, me parece que Matt preferiu acompanhar o ritmo e melodia das músicas, fazendo aquele esquema como citei anteriormente.
As guitarras, tanto base do Zacky quanto a solo do Syn, estão bem unidas e variadas. Acho que as guitarras foram a melhor parte do álbum pra mim, dando aquele sentimento diferente pra quem já ouve a banda há um tempo. Como falei antes, os solos do Syn estão um pouco diferentes do comum, uma vez que uma das características da banda eram os solos do Gates, que tinham aquela melodia e composição única dele, e encaixava perfeitamente em todas as músicas. Parece que ele percebeu essa mudança de estilo da banda e resolver mudar os solos também, mas ainda acho que continuam sensacionais.
A guitarra base de Zacky está muito bem conjugada com a bateria e a guitarra solo. Ao ouvir a base das músicas, você sente que ela está te chamando pro resto do álbum, conseguimos sentir o peso e o som das notas te chamando pra continuar ouvindo. Guitarra base também foi espetacular.
O Baixo de Jhonny Christ, mais uma vez, me decepcionou. Na verdade, nunca concordei com o jeito em que o baixo se encaixa na maioria das bandas de metal. O que eu quero dizer é exatamente o baixo do A7X, que simplesmente acompanha a guitarra, com poucas variações. Mas, como os riffs de guitarra são bons, e o baixo segue a guitarra, por silogismo o baixo está bom.
Ah, agora o esperado. Arin Ilejay e seus pratos e tambores. Já vou de cara mandar o que achei dele em relação ao The Rev. Arin não conseguiu se assimilar ao falecido baterista, mas não estou dizendo que ele é ruim nem nada, calma ai. Pro estilo das músicas do Hail To The King, Arin fez uma boa bateria, poderia ser melhor, mas conseguiu me satisfazer e, creio eu, que também satisfez grande parte dos fãs. Quando a banda lançou o single “Carry On”, bati palmas pro Arin porque ele fez uma bateria sensacional e idêntica a bateria do Rev, coisa que Mike Portnoy não fez, mas isso são outros quinhentos. Portanto, creio que se o Jimmy ainda estivesse tocando na banda, ele faria uma bateria melhor pra Hail To The King, usando mais suas habilidades exclusivas (inclusive Arin conseguiu “imitar” algumas dessas habilidades em “Carry On”).
1 – Shepherd OF Fire
As guitarras dessa música me lembraram Megadeth, em certos momentos. A bateria inicial fez meus ouvidos lembrarem de Iron Maiden e um pouco de Metallica, coisa que se desenrolou pelo álbum inteiro. Essa é uma das poucas músicas em que senti diferença comparando com o resto. Pra mim pode ser eleita uma das melhores do álbum, principalmente pelo motivo do vocal não ser relativamente fraco, como mencionei acima. É uma das músicas em que tomo como exemplo para mostrar a diferença dos solos de Syn nesse álbum para anteriormente, mas mesmo com essa mudança eu ainda venero seus solos.
2 – Hail To The King
Não há o que se falar da guitarra solo dessa música. O Riff que se repete a todo instante é muito viciante, assim como o vocal também é, o que faz com que a música seja a melhor do álbum (na minha opinião). O refrão segue aquela linha de “chamar o público” pra cantar junto, e ainda ajuda a música a ficar na cabeça. O solo dela é sensacional, pois mostra uma das habilidades que o Gates tem, que é usar todo o espaço disponível da guitarra, tocando todas as notas livres das escalas e também usando o tempo disponível do solo para “brilhar”.
3 – Doing Time
Acho que é evidente que essa música resolve voltar lá nos tempos de City Of Evil. Se a bateria fosse um pouco mais rápida e variada, a música poderia ser colocada como faixa bônus do City Of Evil. De verdade. E esse é o problema dessa música, pois ela não tem absolutamente nada a ver com o álbum. Essa composição é um exemplo do que disse sobre o Matt acompanhar as melodias, pois ele canta junto com a guitarra, em todos os sentidos (velocidade, tom, etc).
4 – This Means War
A introdução dessa música me lembrou vagamente o estilo do The Poison, primeiro álbum da banda Bullet For My Valentine, mas foi só essa introdução mesmo. O resto da música me sugeriu algo parecido com Black Label Society, não sei se foi a guitarra ou a bateria, mas a semelhança não saiu da minha cabeça. Como em Hail To The King, no fundo da música tem um riff que prossegue sem fim, aquele dueto de guitarra básico que tem em quase todas as músicas do A7X. Novamente, o solo me impressionou. O arranjamento dos acordes ficaram bem ligados, deram o “poder” da música, no meu voto.
5 – Requiem
Adorei essa introdução “a la Ghost” dessa faixa. Sempre gostei desses cantos eruditos e líricos, puxando para ópera. Essa música me deu o sentimento de ser a que representa o álbum, pois me parece que a letra e procedimento da música dá essa ideia de “Hail To The King”, com a orquestra de fundo. Adorei essa música por conta desses detalhes. De alguma forma, ela também me lembrou algo do LBC/Diamonds In The Rough, mas foi só uma viagem mesmo. Essa passagem é outra que tem o vocal bem viciante, fazendo com que fique na cabeça.
6 – Crimson Day
É impossível que você não tenha relacionado os primeiros 15 segundos dessa música com Metallica. Essa guitarra limpa e bem palhetada é característico do Metallica, e achei meio estranho ser adotado pelo Avenged. Não achei a música tão boa assim, pois acredito que a banda não consegue desenrolar bem esse tipo de música. Não consigo especificar bem qual é esse ritmo, mas é como se fosse alguma música calma do Queen, se é que conseguem me entender. Eu consegui ouvir Freddy Mercury cantando essa música no lugar do Matt. Depois tentem imaginar, realmente é possível. Achei a música bem fraca, repetitiva e cansativa. Bem “comum também”. É uma música que eu pularia caso começasse a tocar no aleatório.
7 – Heretic
Quando vi o nome dessa música pela primeira vez eu esperava realmente o que eu ouvi. Essa é uma das faixas que são características do álbum, como citei acima, acompanhada de Requiem e Hail To The King. As guitarras são otimamente colocadas, com os duetos intrínsecos da banda, o que te faz saber que é um álbum novo mas com uma pegada nova, diferente dos lançamentos anteriores. Realmente, os solos dessa música foram um dos melhores do álbum. A bateria conseguiu desenvolver bem e não ficou repetitiva como nas músicas anteriores, dando uma pegada bem “Hail To The King” pra música, se é que me compreendem.
8 – Coming Home
Essa música, não que ela esteja ruim, mas parece aquela primeira música que foi gravada por uma banda amadora em um estúdio qualquer. Mas logo depois ele te surpreende com uma mudança de tom e velocidade. Pra vocês me entenderem, peguem a música “Valley of the damned”, do Dragonforce, e coloquem nos 40 segundos da música. Daí pra frente é o que acontece com Coming Home, o que me deixou realmente surpreso com a música. Acalme-se, não estou acusando ninguém de plágio, hein! Só um comentário avulso, o refrão me lembrou muito uma banda novíssima que chama Wellfear. Depois chequem no Youtube. Achei a bateria dessa música bem viciante e distribuída. Acompanhou perfeitamente os outros instrumentos, dando suporte aos riffs, deixando-os mais consistentes. Citei a música do Dragonforce ali em cima, mas o solo de “Coming Home” não tá muito diferente de Dragonforce não, e gostei do solo também, mas não é uma obra prima só por serem cem segundos de solo. É um tempo relativamente grande de solo, comparado com as músicas antigas da banda, mas não é nada de extraordinário.
9 – Planets
Essa faixa é outra que me dá a impressão de ser própria do álbum. Principalmente pela bateria e pela orquestra do fundo, pois essas duas dão a impressão de “Hail To The King”, como comentei diversas vezes. Achei a guitarra e o vocal bem “nervosos”, com riffs e melodias abusivas e com aquele toque especial, que dão a diferença no som. Uma das poucas músicas em que Matt Shadows canta de um modo distinto do resto do álbum. Acho que podemos chama-la de “God Hates Us” do “Hail To The King”, por ser uma das mais dissemelhantes do álbum. A orquestra e o vocal tão o tom heterogêneo pra música, pois conseguimos distinguir exatamente a função de cada instrumento na música, se me compreendem. Novamente o solo me arrepiou. O único defeito é que é curto. Ele sim devia durar um minuto e quarenta segundos.
10 – Acid Rain
Ah, não seria Avenged sem a música no piano. Não que isso seja ruim, pois sempre apreciei esse tipo de música feita pela banda. Eles tem a manha com isso (risos), dos 37 segundos pra frente ela me lembrou “Lucy In The Sky With Diamonds”, dos Beatles, mas só esse pedaço. O que me impressionou realmente foi a música inteira ter essa pegada acústica, pois além de “Fiction”, eles sempre acabavam colocando uma guitarra no meio, não uma guitarra solo, uma guitarra base mesmo. É uma boa música acústica, daquelas pra se ouvir em dia chuvoso também, não pra sair ouvindo qualquer momento do dia porque é perigoso bater uma depressão depois.
João Vitor Abreu no @joaovitoraec e no facebook.


Fonte: deathbatbrasil 

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